Crise Hídrica em Guarapari: a urgência de ações sustentáveis no turismo e comércio

A crise hídrica que se intensifica em nosso estado, especialmente em Guarapari, traz à tona uma preocupação urgente para todos nós, empreendedores do setor de turismo e comércio. O recente Estado de Atenção declarado pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) evidencia que estamos diante de uma realidade em que a água, nosso recurso mais essencial, pode se tornar escassa, impactando diretamente a economia, o turismo e a vida da população local.

Diante deste cenário, precisamos adotar ações concretas para reduzir o consumo de água sem, contudo, prejudicar o turismo de verão, que é vital para nossa cidade. Uma das soluções mais imediatas e necessárias seria a aprovação da lei de controle de acesso de ônibus turísticos. Esta regulamentação já foi discutida e aprovada por unanimidade no COMTUR, órgão que à época era presidido pela própria prefeitura. Lamentavelmente, apesar dessa aprovação unânime há mais de três anos, o executivo municipal ainda não colocou a lei para votação na Câmara.

Se aprovada, essa regulamentação permitirá não apenas um melhor planejamento da demanda turística, mas também a arrecadação de milhões em taxas. Esses recursos poderiam ser utilizados para ampliar a fiscalização e , além de outras demandas, fiscalizar o uso racional da água e garantir que imóveis de aluguel de temporada, muitas vezes ocupados de forma excessiva, não sobrecarreguem a infraestrutura de abastecimento, e deixem os bairros mais vulneráveis e carentes sem uma gota de água por dias. A ocupação descontrolada desses imóveis tem sido um dos principais vilões no desabastecimento hídrico durante a alta temporada, forçando até mesmo moradores vizinhos a pagar contas de água mais altas, já que a CESAN cobra mais caro por litro de água cada vez que se aumenta o consumo no imóvel ou condomínio.

Precisamos nos unir em prol de uma regulamentação que, além de organizar o turismo, preserve nossos recursos hídricos e promova uma ocupação sustentável da cidade. Condomínios que não adotam medidas para controlar a superlotação dos imóveis acabam sendo vilões do meio ambiente, contribuindo diretamente para a escassez de água que pode afetar não apenas o turismo, mas toda a população local. A prefeitura tem obrigação de implementar ações que contribuam para reduzir o impacto da crise hídrica e essa lei, tão necessária, deveria ser uma dessas ações a ser colocada em prática.

(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)

(INF.\FONTE: Fernando Otávio\\ Portal 27)

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