O delegado da Polícia Civil de Piúma, Dr. Vitor Alano, falou com exclusividade sobre os desdobramentos da investigação que apura os dois homicídios registrados na madrugada desta sexta-feira (20) no bairro Itaputanga, em Piúma. Os crimes, que envolveram três homens em situação de rua, estão sendo tratados como interligados, e novos detalhes surgiram após o depoimento de Gabriel, suspeito de um dos assassinatos.
“Não foi legítima defesa”, afirma delegado
Segundo o delegado, Gabriel confessou ter matado o homem ainda não identificado, que foi encontrado morto próximo ao quiosque 45 (da Carla). Ele alegou que estava bebendo com Edvandro de Jesus, a primeira vítima, quando o suspeito desconhecido se aproximou e chamou Edvandro para sair do local. Gabriel, estranhando a demora, seguiu os dois e encontrou Edvandro caído no chão, já com as vísceras expostas, enquanto o outro homem estava sobre ele.
Gabriel teria gritado, chamando a atenção do agressor, que fugiu. Ele então perseguiu o suspeito e o atingiu com uma ripa na cabeça por diversas vezes, até causar sua morte. “Pelo que foi contado por ele, entendi que não agiu em legítima defesa. Ele fez justiça com as próprias mãos”, afirmou o delegado.
Possível motivação de preconceito será investigada
Gabriel também alegou que o segundo homem teria matado Edvandro por preconceito, devido à sua orientação sexual. “Essa possibilidade será apurada. Ainda estamos em uma fase inicial das investigações. Vamos buscar imagens de câmeras de segurança e ouvir outras testemunhas para esclarecer todos os fatos”, explicou o delegado.
Histórico do suspeito e contexto social
Gabriel é natural do Rio de Janeiro, mas já vivia há algum tempo no Espírito Santo, em situação de rua. Ele possui diversas passagens pelo sistema criminal, mas nenhuma por homicídio. “Os três envolvidos viviam em extrema vulnerabilidade, o que reflete a complexidade social por trás desses episódios”, comentou Dr. Vitor Alano.
Após ser identificado e preso pela Polícia Civil, Gabriel será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim, onde ficará à disposição da Justiça.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil segue reunindo elementos para esclarecer o caso e identificar oficialmente o segundo homem morto. O delegado destacou o empenho da equipe de investigação para apurar as circunstâncias e motivações do crime. “Nosso objetivo é remeter ao Judiciário um inquérito bem fundamentado, para que a Justiça seja feita”, concluiu Dr. Vitor Alano.
(DA REDAÇÃO \\ Guto Gutemberg)
(INF.\FONTE: Internet \\ Espírito Santo Notícias)
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