Saúde confirma segundo caso de dengue tipo 3 no ES; risco de gravidade é maior

A contaminação foi registrada em um homem, em Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana do Espírito Santo; Serra é o município com mais confirmações da doença

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou, nesta quinta-feira (6), mais um caso de dengue tipo 3 no Espírito Santo. Trata-se de um homem, de Santa Maria de Jetibá, na Região Serrana. É a segunda confirmação dessa tipologia, que apresenta maior risco de gravidade para a população. A primeira confirmação do tipo 3 foi de uma jovem de 19 anos, de Vitória, no mês passado.

A informação foi dada pelo secretário Tyago Hoffmann em entrevista para a CBN Vitória. “Não temos contágio há cerca de 10 anos, tornando as pessoas suscetíveis a casos mais graves pela falta de imunidade da população para o tipo 3. É como se fosse um novo vírus e, por isso, o sinal de alerta é maior”, pontuou.

Hoffmann afirmou que já era esperada essa circulação do tipo 3 a partir do momento em que foram registrados casos na Bahia, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, Estados que fazem divisa com o Espírito Santo.

Os sintomas do tipo 3 se assemelham aos dos demais: febre persistente, dor de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, além de manchas vermelhas pelo corpo. Hoffmann ressaltou, na entrevista, que, mesmo que os sinais sejam brandos, é importante procurar uma unidade de saúde e fazer o exame de sangue.

É com esse teste que será possível determinar o tipo da dengue ou, se não for a doença, identificar outra arbovirose, como zika ou chikungunya, também transmitidas pelo aedes aegypti, ou ainda a febre oropouche, cujo contágio ocorre através do mosquito Culicoides paraensis — o maruim.

Os dados mais recentes da Sesa indicam que, somente em 2025, houve 44.133 notificações de dengue no Espírito Santo, das quais 9.207 casos foram confirmados. Ainda não há confirmação de mortes, mas nove são investigadas para determinar se a causa foi a doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. O município com mais casos confirmados é a Serra (2.425), seguido por Vitória (1.740) e Vila Velha (1.152).

O secretário destacou que a hidratação é fundamental no tratamento de pacientes infectados e alertou que, apesar do número elevado de casos até o momento, o surto de dengue pode não ter atingido o ápice, cujo histórico aponta para o final de março e início de abril. Assim, ele disse que o alerta precisa ser redobrado até a primeira quinzena do próximo mês.

Atenção redobrada também para a população porque, segundo Hoffmann, os dados da Sesa indicam que 75% dos focos de contaminação estão nos quintais das residências. Assim, ele reforça o pedido já conhecido: manter os espaços limpos, inclusive recolhendo folhas e frutas das áreas em que há árvores frutíferas, e também recolher ou tampar objetos em que possa haver acúmulo de água parada.

 

(DA REDAÇÃO \\ Beatriz Fontoura)

(INF.\FONTE: A Gazeta \\ Aline Nunes)

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