Servidor público leva família a show em carro oficial da Prefeitura

Mais um escândalo na prefeitura de Marataízes, com desvios no uso de bens públicos

Um casal e duas crianças foram flagrados neste domingo (29) utilizando um veículo oficial da Prefeitura de Marataízes para fins particulares, no Espaço Patrick Ribeiro, em Vitória, onde assistiram ao show “Enaldinho, o Mistério do Circo”. O veículo, um Gol Track de cor prata – placa SYGJ23, permaneceu estacionado no aeroporto de Vitória durante o evento, cujo ingresso custava até R$ 300.

O flagrante, que traz à tona a indignação da população, mostra o casal e as crianças saindo do veículo oficial e aguardando na fila para entrar no espetáculo, como se fosse algo natural. Após o show, foram vistos novamente entrando no carro e retornando para Marataízes, aproveitando um privilégio que deveria ser usado em prol da sociedade. O caso foi publicado no Instagram do Jornal Espírito Santo Notícias pela jornalista Luciana Máximo, causando revolta e questionamentos sobre a conduta dos servidores.

Este não é o primeiro e nem o único caso de uso indevido de veículos da Prefeitura. Ainda esta semana, um novo capítulo dessa novela vem à tona: um servidor da prefeitura, de nacionalidade cubana, foi multado na BR 101, no Estado do Rio de Janeiro, utilizando um veículo oficial. Além disso, há diversos relatos de veículos alugados pela administração, sem adesivos de identificação, sendo utilizados em campanhas eleitorais, como se fossem bens pessoais.

O uso de um veículo oficial para atividades de lazer, fora do âmbito de trabalho, não só fere as regras de uso do patrimônio público, mas também atinge diretamente a confiança da população. Além disso, certamente o combustível utilizado no veículo também foi pago com recursos públicos, saindo do bolso da população através da Prefeitura de Marataízes. A administração municipal deve agora abrir uma investigação para apurar o ocorrido e determinar eventuais responsabilidades. Que fique claro: o patrimônio público deve servir ao povo, e não aos interesses particulares e políticos, como vem sendo utilizado de forma escancarada.